





OlA pessoal...
finalmente saí do barco...e hehehehehehe foi na jamaicaaaaaaaaa... "hei men!", "hello men!","do you need a taxi men?"...eles poem men em tudo qt eh frase... isto faz-me lembrar a tania MEN!!!LOL
claro que tirei montes de fotos...
fartei-me de rir na praia, tava eu, a ana e o Florio(um romeno que mora em Portugal) deitadinhos nas esteiras qd a Ana diz "I want to smoke a cigaret, I'll ask to that police men if I am alowed to smoke here!" vai ela toda lampeira pergunta ao NIGA "Hello, can I smoke here on the beach?" ao que o gajo responde "WHAT KIND OF SMOKE?" o kê!? Partimo-nos a rir...tipo como se a ana tivesse cara de janada ou o caraças...!?lolololololololol
deve ser usual aki na jamaica andarem todos esmifrados,mas coitada dela..."what kind of smoke?" ainda agr meestou a rir LOLOLOLOLOL..simpk aki na jamaica devem ir presos eh akeles que fumam cigarros normais...LOL
Já estou a ficar com akelas expressões todas estupidas em que parece que ja n sei falar portugues... fiz um filme na praia na jamaica em que mandei uma calinada do caraças...vou tentar por aki no blog mas se n conseguir...amigos...desculpem... mas tb nao vou dizer pk escrito nao tem piada e no filme eu admito o meu erro...LOL...mas nao me gozem...pk dp de 10 dias a pensar em ingles, qd falo ou escrevo portugues caroço, torna-se dificil...e nao eh pouco!!!
dei por mim a sonhar com a costa da caparica, com o monte crasto e o feira nova em frente a mnh casa...mas pekeno pormenor...o sonho era cmg smp a falar em ingles o resto do pessoal a responder-me em portugues... olha que porra mais estupida!!!
ja sei falar 2 frases em romeno
CE FACI?(que se lê txé fatxi e ker dizer tudo bem)
BINE (que se lê bíné e ker dizer bem)
fixe...tb ja sei dizer algo feio, mas nao vou dize-lo pk so aprendi pk aki dei por mim com td a estrageirada a dizer "fodasse" cada vez que fazem asneiras... olha kesta palavra todos eles sabem bem em portugues...assim ninguem percebe para alem da espanholada e dos brasileiros, pk aki passageiros portugueses nem ve-los...é raríssimo...tao raro que a silvia (a polaca da foto) conseguiu num dos seus contratos anteriores queimar-se e dize-lo bem alto na sala...azar do caraças tinha uma mesa cheia de portugueses que ficaram chocadíssimos a olhar pa ela (uma polaca a dizer akilo!!!)
estou agr em Grand Cayman, o raio da ilha é pekena, fui ate á piscina e ao jacuzzi...BUEDA TOTIL RIFIXE de bommmmmm...mas começou a chover e viemos pa dentro...
ja começo a ficar morena...hei pessoal cuidado cmg ke vou chegar ai preta... hihihihi
bem aki vou eu colar-me á TV antes de ir trabalhar ate á uma da matina!!! hehhehehehe
Bjs a tds
PS:
Josué Leonel... bgd plo apoio...
Tania, amiga do coraçao, aguenta-te ai hein??? estou deste lado smp ctg no coraçao
Rakelinha, claro ke kero ser madrinha dos teus netos...lol
OH pyntax...LOL...ve se nao te deixas praxar tanto...
Mano e Mana estou cheia d saudades... =|
6 comentários:
entao senhora, enah pah, so gente lol
okha, n podes arranjar assim uns bilhetinhos pa uns dias nesse barkito? lolol
era 5xtrelas :P
pah, espero k t divirtas mt, e k td corra bem
"break a leg" ;) bjinhuu**
Boa Susaninha
Fico Muito contente pot ti. Diverte-te muito.
Bjs Bruno (Coja)..Gaia
As Notícias da Floresta Verde
Meus amigos, se porventura me demorei no repreencher das páginas que são estas, tal deve-se à vinda da Ana durante os últimos dias. Bem posso dizer como foram dois meses, dois, tempo suficiente para já não nos reconhecermos no aeroporto, tempo suficiente para passar a mão pela cara enquanto se pergunta quais as marcas deixadas pelo tempo, porque estás mais magro?, e tu, que estás mais gordinha e bem tratadinha?, o que foi que o tempo nos fez? o tempo passa, e por passar é chegada a hora de tomar uma série de decisões em tudo quanto concerne ao futuro e ao que o mesmo nos reserva. Meus amigos, no próximo sábado, dia dez de novembro, desloco-me a terras de Portugal para passar um bem merecido fim de semana junto da família que tanto amo. E porque não? havia algo dentro de mim a dar a volta, a moer o estômago, os rins e o intestino, às voltas e voltas, e eu sem saber porquê, porque estava eu preso, porque me continha eu afinal? E bem posso dizer como o primeiro ordenado é todo ele gasto. E em viagens decidi gastar. Não é dinheiro mal gasto, não é não senhor, principalmente se é para viver que o mesmo serve. Tudo porque no sábado de vinte e sete de Outubro a minha irmã mais nova se despediu dessa terra que é a nossa e decidiu abraçar como única e simples pátria a língua que leva por dentro da boca e entre as duas bochechas gordas que são as dela. E não foi tanto pelo facto de ela se ter ido embora, tendo como propósito trabalhar em cruzeiros e ganhar dinheiro para pagar uma casa e uma passagem de regresso um destes dias, mas porque em alto mar tão cedo não lhe poderei ouvir a voz zangada e a face terna, sempre aborrecida, a da minha querida irmã sempre insatisfeita, em tudo parecida com o seu velho irmão mais velho. Foi como se tivesse morrido uma parte de mim, ainda para mais porque, estando prevista uma escala por terras de sua majestade antes da sua partida para a Iorque que é a Nova, a mesma acabou por ser transferida para Frankfurt, para bem longe de mim e do beijo que tanto ansiava por lhe dar, mais estes votos da melhor sorte e da eterna felicidade. No sábado de dia vinte e sete de Outubro eu não estive bem. Mais do que nunca, estive só. E a tarde passou, e a noite caiu, e o bom do João André teve que lutar consigo mesmo e sair rapidamente, para a rua, à procura das pessoas e das gentes desta cidade, bem depressa e veloz, montado sobre duas rodas de força e de fúria, a pedalar como se o mundo quisesse enterrar por debaixo destes dois pés, a tudo indiferente, em tudo inconsequente, à procura de companhia, à procura dos meus iguais e de um sábado à noite diferente dos demais. Fui para Covent Garden, trouxe duas cervejas e encontrei um músico a quem tenho de agradecer a noite e esta vida, resgatada às pedras da calçada com a ajuda das seis cordas de uma guitarra. E se ao sábado sobrevivi e se no domingo com amigos estive, é de facto chegada a altura de começar a abrir as asas e estabelecer a maior rede possível de contactos. Há ainda pessoas com as quais não estive desde que aqui cheguei. Há a casa do Benfica, também. E há Covent Garden, com música de manhã à noite e onde eu poderia morar e morrer. E há dinheiro para investir em idas a Portugal. Já tenho a passagem do Natal. E também tenho a passagem deste fim-de-semana que se aproxima. Conto ainda ir um fim de semana prolongado, por bandas de trinta de Novembro, uma sexta-feira, e talvez aí possa eu estar convosco, amigos meus, talvez por essa altura possamos todos jantar fora e celebrar quanto custa podermos estar novamente juntos. Nos entretantos, junto dinheiro. E nos entretantos veio a Ana, e o João André não mais trabalhou por quinta e por sexta para dormir como faziam dois meses que não dormia. Tirámos férias e para férias fechámos. Nós e os museus, pois só a um chegámos antes do fecho, e aos restantes não vimos mais para lá das entradas fechadas e das fotografias tiradas à porta por entre dois beijos e um sorriso de alegria. Demos a volta à cidade e à cabeça e por entre beijos e abraços pensámos que um destes dias alugamos um estúdio algures nesta capital e mudamo-nos para um espaço enfim nosso. Mas tudo quanto é bom e começa, um destes dias encontra o fim, e hoje foi a vez de ser a Ana a despedir-se de mim antes de embarcar em mais uma viagem, desta feita para bem perto de vós, à distância de um telefonema e um par de minutos por dentro de um carro atrás de um volante e um conjunto de pedais, aí onde toda a gente fala em português, essa estranha realidade. A Ana partiu e eu aqui fiquei com estes alunos que hão-de ser sempre imperfeitos, e com estas escolas como pretexto, mas onde o trabalho é uma realidade e onde o dinheiro cria a vida de verdade. E ao ver a Ana partir não posso deixar de traduzir e citar essa despedida, que é a mais emotiva, do pequeno Nils Holgersson e dos seus gansos no fim de uma dessas viagens que muda a vida de uma pessoa para sempre:
"Era um desses dias em que o ar se agita diante do movimento das aves de migração. Os seus gritos enchiam os céus ruidosa e continuadamente. Nils sorria, dizendo para si mesmo que mais ninguém para além dele seria capaz de compreender tudo quanto diziam as aves.
De momento eram os gansos selvagens quem preenchia o céu, um bando atrás do outro.
(...)
Havia um bando que voava mais depressa e cujo grasnar era mais alto que os restantes, e algo lhe disse que era este o bando, mas que ao mesmo tempo já não tinha tanta certeza, não como no dia anterior.
O bando abrandou o vôo e rodopiou ao longo da costa.
Nils soube então que era este o bando, não compreendendo porém porque não desciam as aves na sua direcção. De onde estavam os gansos não podiam deixar de o ver. Ele tentou gritar-lhes que descessem, mas com grande surpresa percebeu que a língua já não lhe obedecia, não conseguindo executar o som correcto! Ao fundo ouviu os gritos de Akka, mas já não compreendia o que dizia.
O que quer isto dizer?, pensou ele, terão os gansos alterado a linguagem?
Acenando o seu chapéu na mão, correu ao longo da costa gritando "aqui estou eu, aqui estou eu, desçam!", acabando por assustar e afastar os gansos para o mar alto, ao invés de os atrair.
E assim, Nils percebeu.
Percebeu que os gansos já não o reconheciam, dentro que estava de um corpo novamente humano. E ele já não os podia chamar porque os seres humanos não falam a linguagem das aves, nem elas os podem compreender.
E apesar de Nils se sentir contente pelo fim do feitiço a que tinha sido sujeito, não podia deixar de sentir que por isso teria de se separar dos seus velhos amigos e companheiros de viagem.
Sentou-se então na areia, com a cabeça entre as mãos, pensando para consigo mesmo que já de nada valia correr atrás deles.
De repente ouviu um agitar de asas. A velha mãe Akka, o chefe do bando, sentia que não podia separar-se do pequeno Nils sem um último adeus, e tinha decidido voltar para trás, e agora que o rapaz se sentava quieto ganhara coragem para se aproximar dele. De repente algo disse à velha Akka quem ele era, e então aproximou-se carinhosamente.
Nils soltou um grito de alegria e tomou Akka nos braços. Os outros gansos selvagens vieram para junto de si, tocando-o com as pontas dos seus bicos, e entre dezenas de grasnares e bateres de asas desejaram-lhe todas as melhores sortes, e ele também lhes disse como estava agradecido pela maravilhosa viagem que juntos haviam feito.
E de súbito todos os gansos ficaram estranhamente quietos e afastaram-se, dizendo que finalmente era ele um homem! Ele não nos perrcebe e nós não o percebemos!
Então Nils levantou-se e foi ter com Akka, abraçando-a. Depois fez o mesmo com Yksi e Kaksi, Kolme e Neljae, Viisi e Kuusi, as aves mais velhas que consigo haviam viajado desde o início.
Depois disso afastou-se. Nils sabia perfeitamente que a saudade nas aves não dura muito, e queria despedir-se deles enquanto os gansos ainda se sentiam tristes por se terem separado dele.
E assim, caminhando ao longo da costa, Nils observou os vários bandos de aves. Só um se deslocava em silêncio, um bando de gansos selvagens, rapidamente singrando no céu, num alinhamento perfeito e num bater de asas sincronizado.
E olhando para eles uma última vez e até onde a vista lhe permitia alcançar, Nils não pôde deixar de se lembrar das últimas palavras da velha Akka:
"Nunca te esqueças que o céu e a terra, as plantas e os animais, tudo o que te rodeia, nada disto te pertence. Pertence à Natureza, e só a ela lhe compete decidir sobre o destino de todas as coisas, sobre o destino dos animais e o destino dos homens.""
Meus amigos, resta despedir-me. Não imaginam a quantidade absurda de vezes nas quais fui interrompido para poder escrever esta carta aos romanos. Desde telefonemas a mudanças de móveis, passando por lavar a loiça, tudo serviu para irritar este vosso amigo escritor nas últimas três horas e meia. Somos muito temperamentais com a escrita, é o que vale...
meus amigos, a vida por aqui continua. As minhas desculpas se porventura não vos preencho com esta terra e este chão, mas deixemos isso para outra oportunidade. para já, fiquemo-nos por aqui com estas novidades e estas saudades.
João André
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lol vou fazer por isso....
ainda bem k te estas a divertir....
eu vou-m divertindo.... lol
bjinhos gandes
pintax....
Olá Susana.
Ainda bem que está tudo a correr bem e que estás a gostar.
Realmente essa farda verde parece mesmo uma palmeira :)
Esse barco é mesmo pequeno!!!!
Não te perdes aí dentro?
Aproveita bem e diverte-te.
Passei por aqui para te dar um beijinho.
Manel.
Se eles pensassem...
Coisas estranhas, meus amigos, coisas estranhas quando chega o fim do dia e a ti não só já não apetece dormir como num repente o cansaço já não mora aqui. No fundo é a sensação de vitória aquela quem mora no discreto sorriso que comigo trago por entre os lábios, alumiando o caminho de casa, por entre as nuvens e por entre a chuva, no meio da multidão, baleia indiferente e indigesta, inconsciente e lesta.
Meus amigos, já o outro dizia, refererindo-se à advocacia e à sua paixão pelo exercício da lei, como aquilo de que mais gostava era de, nem sempre, na verdade apenas de vez em quando, ter a oportunidade de poder fazer parte da justiça. E eu, nem sempre, na verdade apenas de vez em quando, tenho a oportunidade de poder ensinar. E se calhar a vida é mesmo isso, e apenas isto, um de vez em quando poder tocar com as mãos nos ombros de alguém. E não pensem estar eu a referir-me a estratégias pedagógicas inovadoras, novas portas abertas na educação desse bicho que é Homem, porque isto trata-se tão simplesmente de conseguir ter vinte e cinco de vinte e nove cabrõezinhos a trabalhar. A posição na qual me encontro, a trabalhar como professor substituto, é por demais sensível, por demais susceptível, na verdade um autêntico número de circo e corda bamba, sem vara (tiraram-na os putos) nem rede (quem a tirou?: os putos!). Por um lado somos quase obrigados a tê-los dentro da sala de aula em horas por nós ocupadas, em tempos já idos, a jogar à bola nas traseiras do pavilhão A; por outro temos de fazer face a uma sede seca de liberdade e pó, rouquidão e dó, dó e esmola para quem por detrás das grades se esconde, e para quem por detrás das grades o braço estende, à espera de uma moeda e de um osso, como um cão, insistente e constantemente castrado à nascença num valente e surdo chuto nos tomates diante de todo e qualquer intento de corrida, latido e alegria. Meus amigos, temos de aguentar os putos e ai de quem se lembre de os colocar na rua à responsabilidade de outro professor sob pena de a esta escola não mais voltar, sob sentença de para esta agência não mais trabalhar. Quem erra uma vez já não precisa de se preocupar em errar segunda vez. E depois não é de admirar precisarem estes senhores de professores... ou seja, o jogo começa às oito da manhã, boa sorte a quantos nele participam e longa vida a quem o jogo joga! Porque se a escola nos paga é para preencher estes tempos mortos, numa tentativa de tornar o ensino inglês o mais politicamente correcto e fleumático. E agora pergunto eu: como se comportariam vocês se de repente aquele professor, de quem tantos receiam e outros tantos detestam, naquele dia não viesse, estando no seu lugar um caixa-de-óculos com um sotaque esquisito e indefinido, o qual não deixa adivinhar a origem mas que é por demais evidente? A expressão correcta em inglês será: "Rampaging Mutant!", traduzido à letra como o mutante saltitão, o deformado aos pulos no meio da sala, urrando de alegria, masturbando-se em histeria. E o que faz o caixa-de-óculos de sotaque esquisito para prevenir este tipo de situação? Pede ajuda, porque o caixa-de-óculos é professor e o caixa-de-óculos não é polícia. Às vezes acho piada à senhora que me aluga o quarto. Não compreende ela porque carga de água não me hei-de eu dirigir aos miúdos, "asking politely: ladys and gentleman, please sit down..."...vocês já devem adivinhar o resultado, não??... agora imaginem esse mesmo resultado e imaginem também a escola dois mais três da trafaria, façam a soma e multipliquem por dez e dará, mais coisa menos coisa, vinte e sete putos caídos no chão e agarrados às barrigas doídas de tanto rir! E hoje? O que aconteceu hoje? Bem, o bom do caixa-de-óculos viu-se na última aula do dia com uma dessas assistentes nhonhinhas com uma caixa-de-óculos maior que a minha e uma turma de nono ano numa sala de computadores a jogar ao invés de trabalhar. Sim, porque não só temos de os manter dentro de quatro paredes e agarrados às cadeiras, como ainda para mais ainda temos de os pôr a trabalhar! Às vezes resulta, às vezes tê-los só nas cadeiras é uma vitória em si. Resposta imediata da nhonhinhas: bem, tu és professor substituto, eu só sou assistente, eles estão a jogar computador e não há um que nos dê ouvidos. O que fazer? Meus amigos, nestas situações é soltar os cães de caça. Meus amigos, nestas situações é pegar fogo aos campos e às árvores e disparar à queima roupa, sem dor nem saudade, contra as lebres em corrida espavorida, tonta e perdida, na direcção do queimado. Meus amigos, nestas situações é chamar o deputy of year, o qual é normalmente alguém cuja infância e juventude foi erguida a soco e pontapé e cuja presença na escola é, e continuará a ser, imprescindível e verdade. Sabendo nós gerir uns quantos tipos de comportamento, ou não fôssemos nós professores, lá de vez em quando precisamos desta sineta, precisamos deste alarme, e hoje foi assim durante a última aula. E, se querem mesmo saber, resultou. E foi um prazer vê-los a trabalhar. Algumas vozes, bem sei, não concordarão comigo, pois onde já se viu colocar estas pobres e inocentes almas a trabalhar sob coacção física? Estaremos nós de volta aos tempos da barbárie? Pobres os meninos, mandai a mim vir os descamisados! Não, senhora Ana Benavente, não senhora Maria de Lurdes! Meus amigos, é esta a oportunidade, é esta, para agarrar com os dentes e com a mão e incentivar e elogiar todo e qualquer bom comportamento, é a oportunidade para devolver às nossas mão algum do poder perdido e essencial na gestão de uma turma, é o tempo de os meninos e as lebres perceberem de uma vez por todas que nós às vezes existimos, ao invés de pura e simplesmente corrermos o (óbvio) risco de os ter a sair pela janela, mesmo se a mesma se encontra ao nível de um segundo andar. Hoje, inclusivamente, tive de tirar um puto da frente de uma ventoinha sem protecção, com a a qual o estúpido estava a brincar! E depois ainda nos vêm falar de pedagogias!... a minha vontade é mandá-los para o c... mais as pedagogias, f.... Pois bem, meus amigos, foi uma delícia poder ter a atenção dos fedelhos sem ter de sequer levantar o nível desta voz latina e grave. Foi uma delícia poder ensinar por um pouco, e prometo, se um destes dias for colocado a tempo inteiro, trabalhar para tornar as aulas bem mais interessantes para lá destas secas dadas aos putos no lugar de aulas de substituição, essencialmente baseadas em fichas de trabalho planeadas na hora e pouco mais. E no fim poder discutir tudo isto com a dita assistente, a qual de aguerrida tem tanto como eu de valquíria. Porque neste país já me olharam de lado por não gritar. Como se isso fosse ser professor. Por amor de deus. Mas não se preocupem, amigos meus, das cinco escolas onde estive, três elogiaram o meu trabalho. Decididamente, não sou quem está mal. Estará mal quem não se comporta como tal, quem não é e apenas finge. E assim tenho dito, sobre coisas estranhas, as quais não deveriam ser assim tão estranhas, mas em favor das quais trabalhamos e sonhamos, dia após dia, para que a humanidade deixe de ser o sonho apenas acessível a uma minoria. Talvez um dia toda a gente pense. E talvez um dia toda a gente vote. E talvez um dia toda a gente dê um murro no estômago de quem merece. Até lá trabalhamos, e ainda nos pagam por isso! Se eles soubessem e se eles sonhassem...se eles pensassem...
Publicada por João André em 18:57
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