mais uma semana que passou e nesta o filha da ***** do Casula (o assistant maitre d') da day off aleatorios... e quem vende muito e tem extra day off q ta a espera de ser em conzumel segue a expressao do rei erodes...
ca m*** nao vou conseguir sair em conzumel pk hj foi um dia pa eskecer...corrijo...esta semana foi pa eskecer...desde sabado k tem sido uma desgraxa e depois tnh de levar com o casula a dizer k sei vender e a pgt pk nao vendo...pk sera??? secalhar pk o ke vendo eh pa pagar o ordenado dos k se tao a cagar pa isto??? ou melhor...se vender so tnh day off extras??? pa k kero isso??? acordo cedo e posso sair na mesma nesta epoca keremos tds (nao so eu) trabalhar k nem caes e ganhar mais...nao esta miseria de 250 dls por semana...
as saudades sao cada vez mais e as desilusoes cada vez piores...
desde ah 2 semanas k so tem sido asneirada atras de asneirada...e depois dizem k as vendas aumentaram...o TANAS...na peida...
estou mais irritada k uma perua despenada....
bom...vou voltar pa cabine k hj atrasa uma hora e vou aproveitar pa dormir...
adoro-vos a tds...
bjs
Hey it's me =)
- KaPaRiKa
- Costa da Caparica, Portugal
=) para andarem a cuscar-me =)
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6 comentários:
uouuuu senhora, entao??
bem, essa tua viagem, upa upa, n ta lah mt boa.
bem, se ainda vires isto, e pk plos vistos vais fikar sem net, neh? um bom natal e talllll
espero eh k ainda tenhas força nas pernas para voltares kuando acabares isso ;)
bjinhu gandeeeee**
Buááá,falhei a semana passada e agora vou ter de esperar para tornar a estar contigo na net ;-((
Força aí, filhota, estás a ter uma lição de vida da qual hás-de vir a colher MUITOS e BONS frutos - não será a curto prazo, mas vai ser, acredita.
Beijões do tamanho do Atlântico!
yellow maninha
por aqui o sol de vez em vez brilha e, sem contar com a minha péssima situação profissional, a vida vai bem. Não te quero massacrar com os meus lamentos, mas sim desejar-te tudo de bom: melhores condições no trabalho e seres melhor paga no final de tanto suor. Força aí fofura do meu coração. Beijos colossais. Joaninha
Oh!!! e apenas uma ma semana... pensa que estas ai no calor e nos aqui num frio de rachar lolol... va la nao desiludas e mantem a cabeça erguida!!!
bj
Café logo? Que Saudades... Beijo gustoso!
Tiko
Querida senhora Ministra da Educação, é com grande prazer que, decorridos tantos meses, lhe volto a escrever na qualidade de professor. Não graças a si, claro, mas graças à livre circulação de pessoas e bens a qual, no seio da união europeia, permite emigrar sem de facto nos sentirmos emigrados, exilados e executados.
De modo algum pretendo eu nesta missiva enfadá-la com todos os detalhes e pormenores de uma história de já quatro anos e meio, não só porque a mesma nunca poderia caber no espaço de uma carta, como, de igual modo, não pretendo ocupar a já muito preenchida agência de Vossa Excelência com tão grande delonga. A acrescentar a este facto vem a constatação de eu já me encontrar a dar aulas, estando o problema parcialmente resolvido. E nesse capítulo tenho de dar a razão a Vossa Mercê, porque se ao invés de nos queixarmos insistentemente sobre determinado situação nos predispuséssemos a resolvê-la de imediato, com certeza metade dos problemas do nosso país há muito estariam resolvidos.
Uma adivinha: onde estou eu? Posso dizer-lhe que neste momento estou a ver o Sol. E vejo e olho o Sol, que me entra sem licença e sem perdão pelas janelas e pelas frestas. Esse mesmo Sol o qual, convém relembrar, é uma estrela que arde bem perto de nós, tão distante de todas as outras, um pequeno fósforo a arder nas palmas que são as mãos desta menina a lutar contra a morte certa numa fria noite de Inverno do tamanho de duzentos e setenta graus negativos e a duração de toda a eternidade.
Por esta altura, senhora Ministra, dei a entender ser meu mester o ensino das ciências, escrito com letra pequena, de modo algum procurando posicionar-me à altura desmesurada de Vossa Senhoria.
Mas continuando a adivinha proposta, é sempre com surpresa que cumprimento o Sol, como se a última vez fosse, num suspiro saído por entre o peito e os lábios, entreabertos de contínuo espanto e admiração por este amigo e irmão inusitado, num país onde não esperava encontrá-lo por tantas vezes, ao virar da esquina ou na paragem de autocarro, a caminho do emprego, a meu lado sentado, ou só passando por mim, timidamente, sem querer incomodar. Estou num país do Norte, onde ninguém me acredita quando refiro haver por terras de Portugal dezenas de milhares de professores desempregados, os quais , a troco da aprendizagem do inglês, seriam muito bem recebidos nestas que são as terras de Sua Majestade. Perdão, não as suas, Senhora Ministra, mas as da outra senhora, a Isabel.
Portanto, hei-me em Inglaterra, Senhora Ministra, e mais uma vez volto a frisar como é de todo inútil relatar os acontecimentos que aqui me trouxeram. Não só nada acrescentaria a uma situação sobejamente conhecida, como estaria a perpetuar e a reflectir esse sentimento tão português que é de tudo e de todos maldizer sem nada querer fazer. Talvez porque às gentes lhes falta a educação, preciosa ajuda no abrir de horizontes e perspectivas de vida.
Vou portanto reportar-me à vida de ensino, sobre a qual versa esta crónica. Afinal, somos todos professores, não é verdade? Deixe-me portanto contar-lhe, a si e a todos quantos me lêem, sobre um episódio decorrido ainda na sexta-feira passada, no qual me vi face a face com todos os impropérios e insultos que imaginar se possam sair da boca de alguém. Lido diariamente com miúdos problemáticos, pelo que não os podemos, nem devemos, levar a sério. Don't take it personally. Ultrapassados determinados limites e barreiras, reportamos o incidente, encaminhamos o aluno, convocamos os pais, reunimo-nos, deliberamos, às vezes precisamos de os deslocar de turma, convocamos o psicólogo, planeamos novas actividades, trabalhamos aos pares dentro da sala de aula, entre outras soluções. Mas desta vez, não sei porquê, foi diferente. Talvez por já ser sexta-feira, a semana em cima, o cansaço nas pernas, o peso dos ombros. No fundo, e analisada a questão, senti-me desapontado, desiludido. Num repente, esta miúdinha, um pirralho de palmo e meio, destruiu as fundações do meu ser apenas recorrendo ao uso e palavras, sem necessidade alguma de sangue e de vidas. Sem a guerra, ela venceu. É óbvio que estes são alunos cuja razão de existência gira à volta do testar de toda e qualquer autoridade, sendo necessário um contínuo erguer de barreiras e limites de modo a não deixar progredir a fúria que tanto os consome. Por outro lado, é necessário dar-lhes espaço e tempo para pousar na terra e no chão, sendo nossa função tornar a aterrisagem o mais suave possível: o miúdo entra a aparvalhar dentro da sala de aula à procura de ser mandado para a rua. Quando percebe que não só tal não vai acontecer como ainda por cima se brinca com a atitude, o miúdo acalma e entrega-se ao trabalho. Claro que para fazer de um homem um homem um par de tabefes ajudam sempre, como diria o Obélix, mas, e apesar da vontade às vezes ser muita, de nada serviriam nestes tempos tão modernos.
Assim sendo, e de modo a acalmar o meu ser e trazer a chama de volta ao lugar, entreguei-me a um passeio, Senhora Ministra. Quando algo me atormenta, ando a pé, quilómetros, e se algo me atormenta ainda mais, mais quilómetros ando, até chegar à brilhante conclusão de que o próprio andar a pé é uma fonte de tormento em si. Então, páro. Uma vez fui a pé da Costa até Almada, de tão irritado, onze quilómetros por estrada e colina, à procura da resposta por debaixo dos meus pés e da noite entretanto caída, adormecida.
Desta vez fui por estrada afora, pelo menos até dar de caras com uma igreja. Eu não sou lá grande católico, Senhora Ministra, e não sei qual é a sua opinião sobre tal assunto, mas gosto do silêncio de um santuário, gosto de me sentar sem incómodo, gosto do convite e da porta aberta, a liberdade para entrar e sair quando bem nos aprouver. Olhando para si, Senhora Ministra, encaro-a como devota católica praticante, pelo menos a julgar pelo corte correspondente aos seus lábios, sinal indicativo de crueldade ao longo da história, mas como não a conheço, rejeitarei todo o juízo de valor. Infelizmente, e fruto de vários e continuados assaltos, as igrejas e os templos de oração deste país só se encontram abertos nos momentos da celebração, sendo necessário ao comum visitante pedir com licença para poder entrar e meditar em dia de semana, razão primária para não entrar numa igreja desde há já três meses. E sabe de uma coisa, Senhora Ministra?, a igreja, my God, it's beautiful! O padre, vestido à civil e despido de todo e qualquer sinal indicativo da sua posição, deixa-me no centro da sala, repleta de filas e filas de cadeiras forradas a couro vermelho, dispostas paralelamente em atenção e adoração num uníssono silêncio. Ao nível do primeiro andar, o coro, circundando a nave central e terminando em dois grandes órgãos, cujos canhões cinzentos se desprendem do teclado, um após o outro, à procura de alcançar o céu ao tocar do primeiro sol. O tecto é um xadrez cruzado a branco em fundo vermelho, moldado à abóbada. Ao nível da terra e do altar erguido diante de mim, dois pianos, um à direita, outro à esquerda, ladeados de pilhas de livros e de estantes, dando à sala o ar de quem está em casa para à volta do piano se reunir com os iguais e os demais num bom momento de descontracção, leitura e tertúlia. E depois os murais ao redor, onde encontramos representada a destruição de Londres, a segunda guerra mundial, os holofotes das antiáreas cruzando o céu à noite à procura de tocar os primeiros gritos de alarme, são paulo a arder, pedidos de paz, PEACE, e depois a reconstrução, os parques, o rio, as pessoas multicolores e multiculturais, o metro, um avião, piqueniques forrados a toalhas de xadrez vermelho e branco, e por mais que olhe, Senhora Ministra, não consigo sentir nesta sala a presença de um deus. Para onde quer que olhe só sinto o homem e a sua mão, a sua marca, e talvez não exista um deus e o deus sejamos nós, capazes do melhor e do pior. Talvez porque só um deus pode destruir um planeta, só um deus pode salvar o planeta.
E é assim, senhora Ministra, bastante diferente das coisas aí em casa, não é? No fim, tal o silêncio e o descanso, acabei por adormecer, recuperando as forças perdidas diante de uma altura de onze anos e meio.
Termino aqui esta missiva, na qual lhe conto com alegria as dificuldades e os prazeres de um dia há muito recusado por terras d' Portugal e Além Mar, lançando-lhe o repto para visitar todos quantos se recusam a viver por debaixo do seu chapéu, procurando noutras paragens não só o sentido de um dia-a-dia, como a garantia de um futuro, palavra que, aos poucos e poucos, caminha para fora do léxico português, até à queda final do poço de ninguém.
Com os meus sinceros cumprimentos
João Costa
Post Scriptum: possam palavras ganhar uma guerra e bloquear uma bala.
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